sábado, 22 de outubro de 2011

Reflexos no Papel

     Caminho sobre a incerteza. Refletem no papel as lágrimas, os sentimentos e acontecimentos meus. Entrego-me a cada palavra. Grito sem medo o que sou em cada frase, mesmo sem ter certeza. Chorando numa folha em branco para que não escutem meu pranto. Tenho seguido mostrando a força que não tenho, que não domino.
     Hipócrita de mim mesmo. Poeta de minhas dores. Atuo num altruísmo de fachada. Sou eu, egoísta, egocêntrico... Meu ponto de vista mais alto é o umbigo meu.

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Terra Brasil

No meio das Américas
Pariu uma mãe gentil
Das dores do parto
Nasceu a terra Brasil

Terra de tamanho vasto
De infinito verde e azul
Uma natureza que se
Espalha de norte a sul

Terra sem dono
Terra de índios e animais
Terra que nunca viu humano
Foi descoberta por outros canibais

Antropofagia? Que ultrapassado
Esse bicho índio
O europeu é evoluído
Importou o genocídio

Trouxeram negros pra ser escravos
Os índios catequizaram
Oh, meu Deus quanta bondade!
Agora serão gente de verdade

De negros escravizados
A afro-brasileiros
Morenos, pardos
E pobres assalariados

De índios acolhedores
A objetos de pouco valor
Daí em diante bonecos de porcelana
Arte pra museu expor

Brasil de muitos povos
E vários mitos
Brasil de muitos pobres
E poucos ricos

Brasil de incríveis
Belezas naturais
Brasil de tamanhas
Diferenças sociais

Brasil do carnaval
Brasil de samba e bunda
Brasil da Amazônia
Brasil de futebol e luta

Brasil das verdes florestas
Do amarelo esperança do teu povo
Do azul dos teus mares
Do branco acinzentado de São Paulo

Ainda te falta o vermelho
O vermelho de luta
O vermelho de mártires
O vermelho de índios e negros

Nosso Brasil evoluiu
Novas senzalas construiu
Em nome da paz
Negros da favela retirou
E atrás das grades os colocou

Brasil nova Roma
Nova raça e etnia
Trilhando o destino
Com sua autonomia.

De: Efferson Mendes