sábado, 28 de setembro de 2013

Outro Poema

Me olha como quem
Pede beijos
Diz que não
Com uma cara de sim

Usa de toda candura
E é doutorada em jogos
De sedução
Me perco de mim

Você me controla
Com uma cara
Como quem diz:
"Há tempo pra gente."

E de repente
Me devora a boca
Com seus dentes
Me arranca os cabelos

E eu fico contente...
Feito selvagem!

Não nos levamos
Nem um pouco a sério
Coisa pequena...
Bobagem

E me faz cafuné na barba
E é nessa fé
Que meu corpo desaba
Peça o que quiser

Só não me larga.

De: Efferson Mendes

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Desajustados No Amor

Dedicado Aos Que No Amor Não Se Enquadram
E As Flores De Lis Que Ainda Hei De Colher...
A gente junto não presta
Não vale um tostão
Sempre desconversamos
Quando nos perdemos
Entre amizade e paixão!

Dizem que é amizade
Um tanto quanto colorida
Mas por nossa parte
Se não tá dolorida
Não precisa explicação

Paramos ruas, vielas, avenidas
Chamamos atenção
Dos mais moralistas
Aos contemporâneos
Expressando afetos e paixão

Todos pensam e até gritam:
"Que pouca vergonha"
Não entendo por que se agitam
Entre nós é tudo tão bom
Que nem damos atenção

É de contrapartida
Que nos amparamos
Para suportar os vaivéns da vida
E um no outro somos fortes
Comparados a Furacão

Tem mil beijos de despedida
Sempre que nos separamos
Porém o que existe entre nós
Na poesia não se limita
Não cabe, nem acaba num bejo, não!

Assim estamos sempre,
Eu e Você
A nos descompreender compreendendo,
Um ao Outro
Sempre a não se querer querendo,
Paixão e Desejo
Lutamos para não se prender numa relação,
Mesmo que Sofrendo

Alimentando-nos sempre, bem assim, Desajustados No Amor!

De: Efferson Mendes

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Perigosas Para O "Progresso"

ÁR - VO - RES
Colocamo-as
Atrás das grades
E largamo-as
Na mão da sorte
Nenhum mal fizeram
Mas qualquer motivo
É Sentença de Morte!
De: Efferson Mendes

SALVEM O COCÓ!!!

domingo, 15 de setembro de 2013

Um

Uns Braços nunca fizeram tanta falta
Uns Olhares nunca foram tão necessários
Uns Carinhos nunca foram tão almejados
Uns inúteis nunca foram tão valorizados
Tudo por temer ficar só...

De: Eff Mendes

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

No Ônibus

Te dou mais que a passagem
E de troco
Me dá moedas, olhares, toques
De fogo, paixão e amor.

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Desconhecido Íntimo

Já não caibo no (in)comodo
Nos abraços não dados
Nos beijos esperados
Nos espaços habitados

Não caibo entre tuas pernas...
Nos desejos insaciados
Nos doces pecados
Nos gozos isolados

A vida pede
O corpo suplica
A pele cede
E nada segue sem você

Esquece as malas
Vem depressa
Que dentro de mim 
Nada sossega

E já não me cabe
A solidão, a sensação
A ilusão de ser só
Ou o real sem você

E eu já não caibo
Dentro de mim
Ou na vida
Sem te conhecer...

De: Eff Mendes