segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Alargador

Ele sentia-se pequeno
Impotente diante de tantos problemas
Precisava externalizar
O que estava agonizando no seu interior
Então ele alargou sua dor
Para fazer-se visíveL
Tentando sUcumbir aquilo que lhe suCumbia
E fez dAqueles milímetros
A extenSão infinita de suas dores.
Porém o que ele trazia em sua Alma
Ele não resolveu...

De: Efferson Mendes

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sobre o Fim e Mim

Almejou no meio de todo Azul
Um Sorriso Qualquer
Um Vinho Barato
Um Resto de Noite
E um verso
Chamado "Livre".

De forma que lhe incomodava
Pois ele nunca seria livre
Ele lhe pertencia
E falava de suas prisões.
Como ter o nome "Livre"?

Veio o Sorriso Qualquer
Que ele desejara a pouco
Afinal achava engraçado
Estava sempre complexando os fatos
Com sua Filosofia Barata
Que continuava a mesma
Mesmo depois de três anos de prestações
Para torná-la melhor.
E agora parece não significar nada.

Então o Rapaz
Olhou profundamente
No fundo dos olhos
Do Abismo da Alma
Ensurdeceu o Abismo dizendo:
"Eu não me compreendo!"

Teve como resposta
Do Vasto Mundo
O Eco dos seus semelhantes
Que pareciam lhe consolar:
"Compreendo! Compreendo!"

O que o Rapaz não entendia
Era o fato de quanto mais
Ele desesperadamente gritar:
"Eu não me compreendo!"
Mais ainda ouvia
Multiplicadas vozes desesperadoras da vida:
"Compreendo! Compreendo!"
Se nem ele se compreendia.

Então veio o Vinho Barato.
Sentou como quem
Não havia nada a fazer
E esperou vencer a vez
Do Resto de Noite...
Já que o Verso Livre
Não é livre
E sua vez nunca chegaria...

Lamentou sobre o fim
Pois ele(eu) deixou(deixei)
Transparecer que era sobre mim(Nós, ele, eu)
A poesia...

De: Efferson Mendes

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

INTEIRA-MENTE

E Pras Pessoas Que Vivem Se Sentindo Pela Metade. Desejo Que Descubram O Quanto Antes Que São Pessoas Inteiras. E Vivam INTEIRA-MENTE Bem! 
De: Eu(Querendo Ser) Inteiro 
Para: Vocês Meios

De: Efferson Mendes

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Não Seja Tarde

Boa tarde!
Porque nunca é tarde
Pra quem espera
Te ver por aqui

Eu sou difícil de entender
Nem eu sei ao certo
Qual é a minha
Sei apenas o que queria
(E te queria)

Acho que fiz alarde
Mas tive vontade
De te gritar e dizer:
"Queria te ver!"

Então prepare-se
Não suporto esperar
Quando não morro
Por antecipação

Eu Mato!
Toda vontade e sentimento!

Num acompanho sua velocidade
Mas tenho intensidade
Há momentos em que
Meus sentimentos são vorazes

E penso
Que exageradas vezes
Sou propenso
A COMER+TER
Crimes Passionais...

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Poucas Palavras

Apaixono, desapaixono
Gosto, desgosto
Amo, odeio
Reapaixono, reaproximo
Fico indeciso
Amo novamente
E ainda não sei quem sou...

De: Efferson Mendes

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Entenda

Há dentro de mim
Um reboliço
Um estado permanente
De guerra, De choque
Há uma inconstância
Uma contradição
E mesmo que
Não sinta...
Há um coração...
Fervendo como vulcão...
E poesia pulsando
No lugar de sangue.
De:Efferson Mendes

sábado, 10 de novembro de 2012

Surtei!

Vesti a morbidez
Hoje pela manhã
Acredite!
Não tive escolha...

Ela estava intacta
Atraente no guarda-roupa
Tão branca e salutar
Beijou minha boca

Pus minha camisa de força
Ela tem mangas longas
Que me dá voltas
E me contorna os ouvidos

Sempre sorrindo
Como uma louca
Sussurrando poesias
Com sua voz rouca

Me descobri
Fiquei sem roupa
Joguei fora timidez
E realidade tosca...

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Amor? Dai a Ná!

     Guardou os morangos com todo cuidado esperando o momento ideal de come-los. Acontece que o tempo passou, os morangos criaram fungos e apodreceram. O maior problema é que ela fez o mesmo com seu amor...
     Ná era uma garota diferente das outras de sua idade. Havia nela uma maturidade precoce. Um gosto exótico. Nela, mas necessariamente no contorno do seu olhar, estava a sútil vontade de ser diferente e era essa vontade sútil que lhe fazia naturalmente diferente. Agora uma coisa lhe mantinha igual as outras pessoas que havitavam o mundo junto com ela. Não sabia lhe dar com o Amor. Não é que não soubesse amar. É que os conceitos de amor, as possibilidades de amor, as teorias de amor, as simpatias de amor eram tantas que ela nem sabia mais como conjugar. As pessoas tornaram o Amor tão complexo que ficou impossivel amar. Isso torturava os pensamentos e sentimentos de Ná.
     Poderia eu, aqui, citar qualquer outra fruta, qualquer outra garota ou até mesmo uma mulher fruta. O que acontece é que há algum tempo o morango cheio de seu vermelho me seduziu. Mesmo com sua pele áspera e gosto azedo. Já reparou no formato de coração que alguns morangos tem? Eu reparei. E não pude evitar fazer uma metáfora envolvendo morango e amor. Repare o formato que lembra coração, o vermelho cor de amor, o áspero que é amar e não perca de vista o quão azedo pode ser o amor quando não correspondido. Posso está divagando loucamente, entretanto é consenso que morango e leite condensado é uma combinação perfeita. E que morango é sempre melhor acompanhado de algo doce. Era aqui que queria chegar. Às vezes amamos sem nos dar conta do azedo que contém o morango. "Morangos são bonitos e deliciosos". "O amor é tão bom!". "Não existe nada melhor que o amor!". Colocamos tanto leite condensado no amor que não percebemos a camada áspera que cobre o azedo que pode ser o amor. E devoramos caixas de morango sem perceber que isso só é agradável e possível com o leite condensado. Desta mesma maneira adoçamos o amor. Com Principes Encantados, Belas Adormecidas, Contos de Fada, Lendas e Mitos... Voltando ao inicio do parágrafo. Já pontuei o que me fez falar sobre morangos. Agora vamos a Ná.
     Ná ganhou uma caixa de morangos de sua mãe. Guardou-a na geladeira. Há três anos fez algo parecido com o amor que ganhou, não se sabe de quem, mas que ela sentia por um rapaz ainda muito moço cronológica e espiritualmente. Hoje ela tirou o amor da geladeira e resolveu servi ao rapaz com leite condensado. Entregando todo o amor dedicado e carinhosamente guardado na geladeira longe de qualquer perigo que o violasse. O fato é que o moço se lambuzou de leite condensado e não deixou nada para Ná. Ela ficou apenas com a parte azeda. Três anos não parecia tempo bastante para apodrecer amor posto na geladeira. Apenas tempo de esfriar. Não quero dar prazo de validade ao amor. Longe de mim. Sei apenas que quando se trata de algo especial o tempo é relativo e se três anos não acabou com o amor de Ná, três dias apodreceram por completo os morangos.
     A pele áspera do morango foi tomada por uma camada mácia de pelúcia. Talvez o morango estivesse no seu auge. No melhor de seus momentos. Porém, seu vermelho não reluzia mais e nem ele poderia ser amado naquele estado. Não tinha serventia nenhuma. O amor, disse eu, uma vez a Ná, é como fruta que guardamos esperando o momento especial para saborear, passamos a ter um cuidado enorme com ela e ela apodrece. Deixando assim só a ideia de como seria gostoso ter comido aquele morango que um dia foi vermelhamente apaixonante.
     Ela jogou os morangos fora. Pensou em pegar uma maçã. Refletiu e viu que não era interessante. Das várias histórias que ouviu, no mínimo duas, a maçã não carregava valor positivo. E como ela não sentia vocação para Eva e menos ainda para Branca de Neve. Fechou a geladeira. Enxergou a bomboniere que estava sobre a mesa completamente colorida. Cheia de jujubas de todos os sabores, inclusive morango. De todos os formatos, inclusive corações. De todas as cores, inclusive vermelho e eram todos artificialmente doces como o Amor.
     A moça se dopou com jujubas, sofreu os primeiros instantes pensando em solidão eterna, desesperou querendo não mais amar, balbuciou um sorriso leve no cantinho da boca e adormeceu.
     O morango apodreceu. A garota adormeceu. Eu decidi por aqui parar. Você deve está se perguntando:
     - E o amor?
     E eu respondo:
     - Dai a Ná!
De: Efferson Mendes

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dedica-Ação

Dedicado aos Senhores da Guerra, aos Vampiros Sugadores de Alma e aos Amigos que não trocam TV e internet por nada...
Somos jovens!
Somos o calo no pé da sociedade.
Aspiramos um dia ser a cabeça
Que construirá com todo corpo
Um Novo Tempo.

Carregamos os preconceitos e mazelas,
Que nos caluniam em praça pública
E que nos atiram as sete pedras da mão,
No nosso estandarte de luta.

Nós fomos e somos
Um Todo
Até o envelhecido,
Mas não somos ingênuos.

Nossos hormônios
Exalam mudanças
No nosso corpo pueril
No velho corpo social

Nos recriminam pensamentos!
Nos mutilam línguas!
Nos queimam imaturos!
Nos torturam subversivos!
Nos Exilam! Nos prendem em gestação!

Por puro medo
Da dor do parto
Da Puta Pátria que nos pariu
Já tendo vendido nossas almas
A ordem e progresso!

E nos exterminam
Irresponsáveis Periféricos Marginais!
Porém bebem do nosso sangue ardil
Como fonte de jovialidade eterna.

Habitemos as ruas do mundo!
Expressemos além do virtual!
Gritemos aos quatro cantos:

“Somos Jovens!
Agir e Mudar
Eis os verbos que nos coube!”
De: Efferson Mendes

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A Toda IRÔNIA

Amanheceu o dia
Como outro qualquer
Espero chegar a poesia
Para me manter de pé

Vem carregado de esperança
Chegou então a hora
Doce ilusão de mudança
Há tempos queria o Agora

É tudo tão igual
Da mesma forma de ontem
O mesmo gosto, mesmo sal
O mesmo tempero de antes...

Brindes por todos os Dias!
Planos Novos Rotineiros!
Tão cheio da Nova Esperança
Querendo Rejuvelhecer
A velha conhecida jovem VIDA!

Meus Parabéns
A toda IRÔNIA
Com toda IRÔNIA
Que tem nossa VIDA!

De: Efferson Mendes

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Devora-me!

Esfinge quente
Latente lunar
Finges que me entende
E eu prometo te amar

Tira-me do sério
Seus olhos com ar
De profundo mistério
Conseguem me tragar

Sutilmente promíscuo
Sempre carente
Nunca resisto
Sempre quero me entregar

Não! Eu não te decifro
Mas tu sim
Sabes quem sou.
Então devora-me!
De: Efferson Mendes

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Canta A Dor

Sensível como flor
Comentários, filmes
E músicas de canta-DOR
Contornam meus olhos

Acumulado de água
Deixando escapar
Um pouco aqui e ali

Me sinto como um rio
Que está prestes a Trans
Bordar no mar
Forte e invasivo

Deixando cair toda lágrima
Esvaziando o peito que sangra
Hoje chorar me faria bem...

Aguardo o momento
De desaguar no mar
Até chegar num porto seguro
Ou nos braços de alguém

De: Efferson Mendes

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

RÉ-volta

Minhas olheiras expõem
Saltam ao rosto
O que na alma decompõem
O meu desgosto

Se espalham leves
Minhas gargalhadas e sorrisos
Sem que tu me leves
Ou descubra o real PRÉ-juízo

O meu eu...
Mantenho do outro lado
De um espelho qualquer
Num cômodo isolado

Palpita no peito
A ânsia pela volta
De viver. Sem jeito
O coração implora

Clama por RÉ-volta!

De: Efferson Mendes

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ao "Mérito" de Desabafar

     Começo a temer tamanha preocupação com a qualidade da educação básica das escolas públicas por parte de tantos, inúmeros que se manifestam aos montes deixando escapar por debaixo da pele de cordeiro sua verdadeira face de lobo. Indago-me tentando entender o "porquê" de tamanhas manifestações e intervenções só venham à tona, agora, que a lei das cotas socias, a qual garantirá 50% das vagas de Universidades Federais PÚBLICAS para alunos de escolas públicas, pode ser sancionada. Dou gargalhadas quando vejo, como ataque as cotas sociais afirmem que é inconstitucional, que não assegura igualdade, pois todos(da classe mais alta até a mais baixa) somos contribuintes e o que é PÚBLICO é de TODOS, quando no atual sistema vigente, mas necessariamente nas universidades PÚBLICAS(de TODOS) existe uma classe mais favorecida, ocupando grande parte das vagas, e ninguém nunca até hoje veio criticar ou colocar que é inconstitucional que as classes mais baixas não tenham o direito de acesso a este espaço PÚBLICO efetivado, pois em menor ou maior proporção somos também contribuintes.
     Mérito? Esclareçam-me, se possível, o que seria Mérito?
     Há muito tempo, eu, não ouvia se pronunciar demasiadamente está palavra. E nunca havia, até então, ouvido sequer falar em Meritocracia. De ínicio, observando superficialmente interessantissimo, palavra bonita, diria até que muito digno. Dai a César o que é de César e a João o que é de João. Para César foi dada a sua vaga no curso de Medicina e a João a oportunidade de trabalhar horas a fio por dia, num trabalho braçal , com direito a salário MÍNIMO, uma cesta básica e vale refeição. O que determinou o que era de César e que foi dado a João? Vejamos. A César um berço de ouro, boas refeições, acesso a lazer, esporte, cultura, saúde e sem esquecer uma educação de qualidade numa escola particular. João, bem, para João uma rede na sala, espaço dividido com os cinco irmãos, e uma disputadissima vaga nos armadores. A João uma refeição por dia garantida, duas quando a escola(pública) garantia a outra, não teve acesso a lazer, mas para que lazer quando se tem trabalho? E depois o trabalho dignifica o homem. É, nesse caso João ainda não era bem um homem, era pré-adolescente, e o que é um pré-adolescente senão um homem em desenvolvimento? (Ironicamente falando é claro.) Retornando a última pergunta são esses os fatores que determinam os "méritos" de quem acessa a universidade PÚBLICA?
     Ao longo da história muitos papéis foram distribuídos através de "méritos". Primeiro que durante longos e árduos anos, acreditou-se que as riquezas foram dadas por Deus aos merecedores, ainda hoje há quem acredite que é Deus quem concede a César o "mérito" de ser rico e ao João o de ser pobre. Através de "méritos" que brancos receberam o título de senhores e aos negros o "mérito" de serem escravos. Aos burgueses o "mérito" do trabalho intelectual e aos operários o do trabalho braçal. Posso está errado sobre tudo que venho afirmando e o que irei afirmar. Porém "mérito" me vem como um odor forte de desigualdade, opressão velada, num sitema onde se escolhe o melhor e o pior que se dane... Desculpem, nem sei se tenho o mérito ao "mérito" de me expressar.
     Acredito que as melhoras na educação de base devem vir com urgência para ontem. Assim como também concordo que "Cotas" não resolvem o problema como tal e qual como é, como não irão reparar as injustiças e atrocidades cometidas durantes séculos e séculos em nossa sociedade, e que em alguns anos não será necessário "cotas", pois nossa discussão já será outra o acesso livre as universidades. O que não consigo aceitar e não quero é que o João, os meus, os mais próximos, os mais distantes que a única maneira dada a eles por "mérito" de acessar uma faculdade seja o de tirar do seu salário MÍNIMO R$ 539,75,  para ter a esperança de alcançar o "mérito" de ter uma moradia digna e própria, o "mérito" de dar aos seus filhos o "mérito" de uma boa refeição, o "mérito" de ser mais humano e ser visto tal e qual os outros onde quer que esteja por ser humano, o "mérito" que nos é dado enquanto ser vivo, que por muitas vezes nos é tirado em grande escala de higienização, de ter direito à vida! Que não nos seja roubado, aquilo que chamam de "mérito", o mérito de sonhar e construir uma sociedade melhor.

De; Efferson Mendes

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Declarei Guerras

Tentei ser forte sem ser
Chorei no banheiro
Para ninguém ver
Como sou por inteiro
Eu nunca quis perder

Fingi que tudo bem
Que nada me preocupa
Nada mesmo, nada além
Mas reconheço minha culpa

Declarei guerras sem perceber
Querendo a coisa certa
O melhor para você
Que sempre mal me interpreta

Criei uma cápsula para esconder
Minha verdadeira face de você
Por puro medo de perder
Talvez precise desaparecer

É só o tempo que cura
Eu gosto tanto de você
Pena a vida seja tão dura
Um dia vamos nos entender

De: Efferson Mendes

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Estranho a Mim

Não, eu não sou o "certo"
Que por esse tempo alimentei
Ainda sou estranho a mim
Estranho sou na terra de vocês

Guardei em sigilo
Minha identidade
De forma tão segura
Que nem eu mesmo sei

Revelo-me
Pondero-me
Rebelo-me
Esqueço-me

Confundo-me
No meio de tanta bagunça
Medos, desejos, feitos
Uma hora a consciência expulsa

Guardei minha identidade
No meio de tanta bagunça
Não, eu não sou o "estranho"
Que por esse tempo alimentei

Medos, desejos, feitos
Confundo-me
Uma hora na terra de vocês
Revelo-me

Em sigilo
Esqueço-me
Que nem eu mesmo sei
Ao "certo", quem sou...

De: Efferson Mendes

sábado, 4 de agosto de 2012

Rendo-me

Quero me permitir
Viver um amor qualquer
De qualquer jeito
Sem muitas regalias
O primeiro que vier...

Abrindo mão dos compromissos
Cagando pras minhas responsabilidades
Quero em primeiro o amor!
Quero sentir por inteiro o verbo Amar...

Entrando em conflito comigo
E sem exagero
TÔ PROCURANDO
Em desespero

Alguém, ninguém
Quem
Aqui ou em Belém
Que me faça refém

Que construa comigo o "AMAR"

De: Efferson Mendes

terça-feira, 24 de julho de 2012

Brutalmente Frágil

Sou frágil.
Amplamente frágil.
Um dia serei fera.
Brutalmente fera...

E mesmo sendo fera
Continuarei frágil
Ainda que eu não queira
Te ferirei.

Pois minha arma maior
É o meu sentimento!

Este flui e transborda
Por toda hora
E eu nem sei
Como se controla...

Sou fera frágil
Sentimento incontrolável
De sangue vermelho forte
Que jorra aos litros
E ninguém vê...


De: Efferson Mendes

sábado, 14 de julho de 2012

Que se vá

Solidão Incomoda
Me tira do sério
Coração não acomoda
E eu não sossego

Tento me enganar
Finjo que me basto
Procuro nos demais olhos
Grandes abraços

Eu sou o medo
De um dia ser só
E sinto que envelheço
Sem fortalecer nó

Um olhar
Uma ligação
Um encontrar

E peço a solidão
Que se vá...
De: Efferson Mendes

terça-feira, 26 de junho de 2012

Sinta-me!

Do mais forte aço
Meus sentimentos foram revestidos
Decidi cessar o passo
Meus sonhos estão todos perdidos

Da dose diária de melancolia
Da refeição tédio do dia
Dos sussurros que me atormentam
Fiz minhas poesias

Do cotidiano fardo
Que me tira o sossego
Me fez amargo, estou farto
Quero colo e aconchego

E por favor!
Não me analise
Não use metódos
Para me entender (enquadrar)

Não me racionalize
Sinta-me!

De: Efferson Mendes

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A pressa do...

Houve pressa
Apressamo-nos
Te pressionei
Aprisionamo-nos

Fiz da minha a tua
Pressa
Nosso amor em dor
(Im)Pressa

Apaixonado
Apressei
Aprisionando
Te afastei

Vamos nos encontrar
Em Bares, festas
Esquinas, peças
Há de remoer e chorar

Os viveres
As poesias
Os prazeres
Que já te dei...

De: Efferson Mendes

sexta-feira, 8 de junho de 2012

CORPOS

Não tem sentido
Talvez não deva ter
Nem certo, nem errado
Corpo: dor e prazer

Fome, sede
Frio, odor
Desejos, arrepios
Livres de pudor...

O corpo ama
Não se limita
Se entrega, dança
No ritmo da vida

Cansaço, sossego
Encontros, beijos
Contato, atropelo
Anseios, medos...

Meu corpo no seu
COR - POS
Seu corpo no meu
EN - CON - TRO
Meu corpo é meu!

A lógica ilógica
Dessa dialética
De nosso retrato
Destrói a regra
Porque corpo
Não tem pecado!

De: Efferson Mendes

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Luna e Sol

     O Sol nasce para todos, todos os dias, durante o ano todo. Por mais que você não veja ou ele se esconda atrás das nuvens.
     Era uma noite qualquer para nós. Luna se preparou como nunca. Sua intuição feminina havia dito que aquela noite na sua vida seria ímpar. Conseguia sentir a mudança. Por isso todo o preparo. Horas na frente do espelho. Maquiagem. Indecisão sobre o que vestir. Esperava consumir amor eterno. Acreditava em contos de fadas. Jantar a luz de vela. Amor até que à morte os separe.
     Depois de tanto abrir e fechar as portas do seu guarda-roupa, escolheu o seu favorito. O vestido branco. Presente que ganhou de sua mãe. Nunca antes usado. Mas era o seu favorito. Havia uma explicação. Aquele não era um vestido qualquer. Ele traduzia o seu estado de espírito naquela noite. Deixava transparecer o que apenas ela tinha acesso. Sua alma. Parece tosco acreditar nisso. Porém ansiava há muito aquela noite. Ia noivar. As alianças traduziriam o laço, o voto de amor eterno.
     Estava pronta para o amor.
     Era Luna. Era Lua Cheia. Com todo o nervosismo e preparo esqueceu da hora. O jantar devia ser às nove. O relógio já marcava dez horas. Olhou o celular. Nenhuma ligação e nenhuma mensagem. Será que ele esqueceu? Teria acontecido algo? Não dava para esperar. Depois da vigésima tentativa, passava da meia-noite, ele atendeu. E como quem joga sua sorte ao vento, ele jogou o amor.
     Com o coração igual a taça de cristal que lançou no chão. Recolheu com cuidado os pedaços. Já não queria sangrar à toa. Pegou o vinho do jantar. Desceu a escadaria como quem vai em um cortejo fúnebre. Foi para a avenida. Entrou num táxi. Sua intuição gritou praia. Ela exitou. A sua intuição havia falhado fazia pouco. No entanto não lhe vinha outra opção. Restou-lhe a praia.
     Abriu o vinho. Desceu do salto. Caminhou pela praia. O vinho em pouco tempo se misturou a sua alma. Caiu na areia. A face tomada por maquiagem borrada. Olhou para o céu e se perguntou se nunca encontraria o seu Sol. Passou a madrugada remoendo o seu amor perdido. Decidiu não mais amar. Errou.
     Era quatro e meia da manhã. O rapaz de tatuagem na nuca cansou das muitas histórias e agora queria apenas um único romance. Havia algo de diferente nele. Havia um Sol no seu corpo, marcado em sua pele... E o motivo de estar naquela praia às quatro e trinta era ver o encontro do cair da noite com raiar do dia. Ele queria o encontro do Sol com a Lua.
     Cinco da manhã e como que num conto de fadas, mito grego ou estória mágica qualquer Luna encontrou o seu Sol. E o Sol encontrou sua Luna.

De: Efferson Mendes

sábado, 26 de maio de 2012

Num café da manhã

E quebro
O meu jejum
Se tu fores
O meu café
Da manhã, sobre
Mesa...
Ainda está o teu es
Paço, aperto
Abraço, La
Ço de me envolver, assegu
Rar que não me
Deixará, lá
No mar, eu
A te esperar
Com as ondas
Nunca fé
D'amanhã
Diga que:
Voltar há!

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Esqueci de mim

Entre todos deveres
Entre os afazeres
E os meus prazeres
Me perdi!

Na casa, na carta
No poema, no teatro
No estudo, na data
Em pessoas e retrato

Me esqueci de mim!

Me desfiz em pedaços
Que ficaram por aí
De todos os laços
Desfiz os nós e sumi

Desmontado
Sigo Espalhado
Acuado
Fico aguardando

O momento certo
Em que
Como fênix
Irei Ressurgir!

De: Efferson Mendes

quarta-feira, 9 de maio de 2012

REVIDA!

Liga-me
Manda-me mensagem
Xinga-me
Faz-me chantagem

Não durma
Não esqueça
Não suma
Reapareça!

Bata-me
Agrida-me
Da notícia
Reviva!

Bancando o mal
Mas por dentro desespero
Dê-me um sinal
Ainda te espero

Se tu leres esse poema
REVIDA!

De: Efferson Mendes

sexta-feira, 4 de maio de 2012

"Ser"?!?!

Sou um Ser Humano
No meio de tantos
Que vem e vão
No meio da multidão
Sentido sempre um vazio
Uma solidão

Sou complexo e sem exatidão
Sou dificil de entender
Sou paradoxo, sou controverso
Contraditório e contradição

É complicado o meu "Ser"
Se o que penso
Não condiz com o que sou
E os dois fazem parte
De um "Eu"

Sim, dentro de mim
Habita o bem e o mal
A água e o fogo
O doce e o sal

"Ser" dois extremos
"Ser" paralelos opostos
"Ser" mistério, infinito, imprevisível
"Ser"...

Eu sou, eu estou
Tu és, tu estás
Ele é, ele está
Nós o que somos?
Nós onde estamos?

Eu sou um "Ser"?!?!

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 26 de abril de 2012

E...

Poeta Louco Assanhado
Pelas ruas da cidade
De amor embriagado
Cegou pela verdade

Camaleão disfarçado
De inibida vaidade
Encontrou apaixonado
A verdadeira crueldade

Desejou fielmente
Da tua boca
Provar dos beijos
Que sangravam mel

Buscou entregar-se
Quis enveredar-se
Comungar teu corpo
Transcender teu gosto

Ele
Procurou beatificar
Sacralizar
Ela

E
Fez de suas poesias
A mais fiel prece...

De: Efferson Mendes

sábado, 21 de abril de 2012

Há sentimentos pulando
Explodindo em meu peito
Há sentimentos cantando
A música do nosso beijo

Há um amor pedindo
Pra não deixar de rolar
Há uma paixão sorrindo
Tramada por areia e olhar

Há tudo que quero
E tu desejas
Há parte de ti
Em minhas veias

Há algo impedindo
Que aconteça
Há você dançando
Em minha cabeça

Há um seguir, um rio
Há um esperar
Ou um encontrar
Que só a nós caberá

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Menino e o Espelho

Era um menino.
Mas não um qualquer.
Era o menino
Que tinha medo.

Medo de espelho!

Ele, o espelho,
Mantinha-o preso
Da sua imagem
Refém indefeso.

O menino
Chorava ao travesseiro.
O reflexo
Era o seu cativeiro.

O reflexo
Pelo espelho
Revelava seu avesso.

O menino
Não conseguia
Compreender o belo.
Não conseguia
Tocá-lo, apalpá-lo...

Ele pensou em feio
Imaginou, imaginou
E nada lhe veio.

Tentou sentir...
O branco, o negro
Diferença não encontrou.
Quis desistir!

Observou durante dias
Os cabelos de todos.
Não viu nada ruim.
Xingou: Que tolos!

Ele, o menino
Perguntou ao espelho:
O que acontecerá
Se eu lhe quebrar?

Sua mãe
Respondeu:
Terás sete anos de AZAR!

O espelho foi lançado.
Em segundos
Por completo despedaçado.

Mil pedaços...
Fragmentados!
Mil meninos...
Diferenciados!

Agora o espelho
Que era um
Se tornou mil.

E o menino
Em seus reflexos
Se descobriu
Parte do todo
Mil em um.

Era um menino.
Mas não um qualquer.
Era o menino
Que tinha medo.

Medo de espelho!

De: Efferson Mendes

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pequeno Menino

Revirei minha vida pelo avesso
Me analisei por inteiro
Do fim ao começo
Me descobri herdeiro
Do tempo, do destino
Um pequeno menino
Escravo do livre arbítrio
Refém das decisões
Filho das consequencias
Que desenfreiam a vida
Trazem tristezas e glória
Sou eu refletindo
Refletido na história
Sou eu o Acaso
O Agora
Somos nós a História!

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 29 de março de 2012

Vontade De Vingança

Rasga me ao meio
O poema não é de amor
Tu és o meu erro
E eu serei um dia tua dor

Saiba que não sofro
Perante teu desprezo
Você é para mim
Uma canção que passou

Que sirva de veneno
Minha saliva
Entranhada em teu corpo
E o meu gosto
Seja seu torpor

Em tua garganta
Farei morada
E morrerás intalada
Ao meu sabor...

A minha intimidade indiscreta
Minha verdade ofensiva
Minha intensidade de escrita
Te revelarão a acidez que tenho

De: Efferson Mendes

quarta-feira, 28 de março de 2012

Noz Com Ternura

Pensei em noz com ternura
Roubei os teus beijos
Morri em teus braços
Lembrei de nós que loucura

Fiz birra, briga, cena
Apostei no teatral
Te chamei pra conversa
Inovei o visual

Tentei controlar
Os sentimentos, atos
A vontade de xingar
E beber vinhos baratos

Não consegui
Vinho e noz
Aos teus vícios
Eu cedi

Usei do vitimismo
Pensei em roubar teu beijo
Saltei do abismo
Cai em teu peito

A noite à dois
A lua que candura
O vinho e depois
Nós com ternura!

De: Efferson Mendes

terça-feira, 20 de março de 2012

Dos Sentimentos Dela

Já não quero ser
O seu travesseiro
Na cama, apenas
O seu companheiro

Você partiu meu coração
Ao meio
Quero o inteiro
Mas em ti
Já não creio

Minhas noites são sem sono
Tenho dúvidas
Permeio o abandono
E me pergunto
Se quero te querer

E sei que
Não basta amar
Para fazer
Do meu eterno
O contigo ficar...

De: Efferson Mendes

Poema Promíscuo

Escancarei
Expus
Arreganhei
A minha dor

Abri minhas pernas
Pra você
Me ver por dentro
Você nem notou

Fui puta
Com meus sentimentos
Você quis, usou
Porém não pagou

Escancarei o que havia dentro
Expus o meu amor
Arreganhei meu sentimento
Abri minhas pernas sem pudor

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 1 de março de 2012

Fechado Para Obras!

Tenho estado meio distante.
A verdade é que precisei fugir.
Fugir do que era antes.
Do que sou agora e serei, Sumir.

Tenho deixado meus rastros.
A verdade é que precisei fingir.
Fingir que de mim "não sei".
Esperando o momento de ir.

Dentro de um casulo.
Ansioso para sair.
Construo minhas asas.
Fortifico-me e deixo fluir.

Presente, mas me anulo.
Sem hora pra prosseguir.
Fechado para obras!
Preciso me reconstruir...

De: Efferson Mendes

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Apenas Quis

Apenas quis ser feliz
Ousou, buscou, se entregou
Tinha seus medos, vazios e anseios
Tentou preenche-los
E transbordou...

Olhou nos olhos do tempo
Dos pensamentos, dos sentimentos
E os interrogou.
Porém a resposta não veio.
E sufocou...

Olhou no espelho. Sentiu receio.
Não se conheceu. Algo faltou.
Tentou preencher o seu vazio.
Quis tocar o mundo.
E se lançou...

Descobrir o que nos dói.
O que de fato nos falta.
Tampar um buraco.
Remendar um pedaço.
Completar nossa história... Viver!


De: Efferson Mendes

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Nu Banheiro

Ele era no banheiro
Brincava  de Ser
De Ser os outros
De Ser por inteiro

Se encarava no espelho
Tinha várias caras
Havia diversas taras
E alguns pontos vermelhos

Ali ele se encontrava
Sucumbia de alegria
De dor e prazer sangrava
Imaginando companhia

Era inteiro
Atuava e cantava
Ria e chorava
Nu banheiro...

De: Efferson Mendes

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sábado

Pingos de chuva no asfalto
O ônibus matinal vinha
Garoto voando muito alto
Rotina: quase perder a vida

Dessa vez ele perdeu
Perdeu seu caminho
Ficou desorientado
Saiu do trilho...

No meio da avenida
Homem peneirando milho
Carros por ali passavam
E Nada fazia sentido.

Até que alguém
Recitou Clarice
Dotado de seu "Quem"
Ela me disse:

"Perder-se também é caminho."
E o "Nada" fez sentido!

De: Efferson Mendes

domingo, 29 de janeiro de 2012

E Eu Quero

Cheio de contratempo
Sem destino certo
Caminho no tempo
De peito aberto

Ao sabor do vento
Sigo...
Sem documento
Ou abrigo

Do toque tenho sede
De sentir a pele
Pele na pele
E meu corpo cede

Eu quero Tato
Contato sem contrato...

E eu quero
Desvendar o Mundo
Dos Mundos
Que habitam em mim!

De: Efferson Mendes

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Entre Meios

Canto Solidão
Pra qualquer um
Espero paixão
De onde não vem

E os olhares
Que me invadem
São os milhares
Mas não satisfazem

Mendigo amor
Cativo amizades
Escondo dor
Busco felicidades

O quarto, o vazio
O silêncio, o medo
A vontade, o receio
O destino, o segredo...

E eu...
Vagando entre os meios!

De: Efferson Mendes