segunda-feira, 29 de julho de 2013

É Poesia?

Tentou se controlar
Pensou em escrever em outro dia
Eis que a vontade era maior
E o sentimento lhe devorava

Não encontrava palavras
Escrevia em terceira pessoa
Pra que merda de terceira pessoa
Se estou falando de mim?

Merda? Numa poesia?
Você deve tá pensando:
Seu imundo!
Que porcaria!

E o sentimento?
Meu sentimento
É arreganhadamente tão obsceno
Que não consigo expressar

Porém é menos obsceno
Do que as vulgaridades
Que agora correm
TRANSitANDO em seu pensar...

De: Efferson Mendes

Disperso

Dedicado aos que me compreendem em meio minhas poesias e dispersão!

De lá vi o Mar
Com toda sua infinitude
Me senti pequeno
Porém os prédios eram ainda menores.

Agasalhei quem pude
Com todo meu amor
Com todo amor que pude
Espantei o que restou da dor

Quis parecer normal
Quis transparecer forte
Mas absurdamente me entrego
Mesmo quando não quero

As minhas caras
Minhas tamanhas bocas
Minhas linhas de fuga
Tudo tão transparente

Busquei me comportar
Parecer legal
Mas meus cabelos expressam
O meu lado irracional

Ofereço perigo
Aos que pensam pequeno
Riscos 
Aos que se dizem serenos

Porém se queres
Chega perto, não mordo
Se não quiseres...

Venha... A Noite já pariu
O Sol.
Que trouxe consigo
O Dia...

De: Eff Mendes

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Sangue Quente

No meio da noite
Espero que a Paixão
Venha inesperada, avassaladora
E me sequestre

Quero seriamente
Que ela me roube
Me espanque, me dispa
E não me poupe

Que venha ardente
Sangue quente, flamejante
Meu coração arrebente
Minha razão desande

Quero gritar
Espantar o exílio
Quebrar o silêncio
Matar o vício

Surpreender no jogo
Entrecortar os caminhos
Redescobrir teu corpo
E não estar sozinho...

De: Efferson Mendes