domingo, 1 de dezembro de 2013

Simbiose

No abismo que nos impede de ser um só
Embora as complementações
E os encaixes simétricos e perfeitos
Que me arrepiam os pelos

Malditas são as leis da física que não contribuem
Para nossa plena comunhão potente
Porém nenhuma lógica pode romper
O perfeito equilíbrio existente

Na latência dos nossos corpos nus
Em busca da quimérica perfeição
Orgânica, orgástica que por vezes nos fazem um só
Entre pernas entrelaçadas, bocas entre coladas, línguas em nó

Sua respiração ofegante em minha nuca
Enquanto nosso suor nos liquefaz
Um do outro aos gemidos nessa mistura
 A realização de nosso desejo voraz

E me desfaço dos sentimentos políticos éticos
Encho-me de tuas filosofias putas vãs
Amplifico meu lado vulgar bacante poético
Na teu lado mais doce

Fruto de Eros vindo de Vênus 

De: Efferson Mendes

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